O trabalho de Brigitte Bardot no cinema a transformou em um ícone. Aos 83 anos, a atriz e ativista francesa lança no Brasil, pela Globo Livros, Lágrimas de combate, livro-testamento em que conta como canaliza sua fama para ajudar os animais. Na obra, Brigitte mostra toda sua luta pelos direitos dos bichos, descreve detalhes de seu combate, das polêmicas e não poupa seu passado no cinema, que afirma ter sido um rascunho de sua vida antes de se entregar à real missão: dar voz aos animais oprimidos pela humanidade.

Presidente da Fundação Brigitte Bardot, a ativista conta passagens fortes sobre sua luta, como o momento quando fez a foto que estampa a capa do livro. Na ocasião da foto, os amigos de Bardot não queriam deixá-la ficar entre os animais, por considerarem perigoso. Ela não os ouviu e ainda conta: “Ajoelhada de quatro, como se deve estar diante de um lobo, uma das fêmeas me beijou na boca, enquanto outra tentou pegar uma flor presa em meu coque. Eu me virava, lentamente, muito lentamente, para não assustá-la, e deparei com aquele olhar intenso, entre amarelo e verde (…). Se fosse necessário que eu vivesse sobre quatro patas diante de um lobo para sempre, assim o faria.”.

No livro, que Brigitte afirma ser a última obra que escreveu, ela declara não pertencer à espécie humana e carrega um luto eterno pelos animais. “Vestida frequentemente de preto, carrego um luto eterno por todos os meus animais que se foram e pelos animais que são submetidos à crueldade humana no mundo todo, pelos animais que morrem, pelos que sofrem, e pelos que desaparecem por culpa dos homens. Eu carrego o luto pelos animais em geral”. A edição brasileira da obra traz carta escrita por Brigitte, capa e fotos exclusivas da atriz e ativista, o que torna o livro uma edição de colecionador.

Assista a um vídeo de Rita Lee, fã declarada de Brigitte, lendo trechos do livro: